A
mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos
pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não
reconheceu a soberania de Ògún por ser o dono dos metais. É tanto
reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é
o Íbíri - um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e
enfeitado com búzios.
Nana é a chuva e a garoa. O banho de chuva é
uma lavagem do corpo no seu elemento, uma limpeza de grande força, uma
homenagem a este grande orixá.
Nanã Buruquê representa a junção daquilo que
foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a
separação entre o que já existia, a água da terra por mando de Deus,
sendo portanto também sua criação simultânea a da criação do mundo.
- Com a junção da água e a terra surgiu o Barro.
- O Barro com o Sopro Divino representa Movimento.
- O Movimento adquire Estrutura.
- Movimento e Estrutura surgiu a criação, O Homem.
Portanto, para alguns, Nanã é a Divindade
Suprema que junto com Zambi fez parte da criação, sendo ela responsável
pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres
viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da
morte, passando por uma transmutação para que se transforme
continuamente e nada se perca.
Esta é uma figura muito controvertida do
panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida
de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido,
principalmente ressentido.
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